domingo, 10 de agosto de 2014


 
Praia do Mirante

Santa Cruz

 
Final de dia maravilhoso. Nas minhas corridas que tanto me lavam a mente, juntam-se imagens e cheiros que não consigo descrever. Não é preciso dizer mais.
 

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

is it awesome or what?

Na minha recente incursão ao Rijksmuseum fiquei mais de meia hora a olhar para este espetáculo de avião. Era eu e o puto lourinho de 11 anos que andava ali a saltitar eufórico. Aliás estávamos os dois com o mesmo olhar deslumbrado a querer ver o avião de todas as perspetivas, com a agravante para mim que queria ver o avião e fotografa-lo, sem apanhar o rapazito na foto.
Fiquei a imaginar a vida daquele objeto até chegar ali. A sua montagem num hangar super vintage e giríssimo, com aqueles senhores da época com bigodes revirados nas pontas, o piloto que o levou ao ar, que devia ser outra personagem adorável. E como não percebo nada disto, fiquei a imaginar se as viagens seriam de passeio, ou de guerra, espionagem, trama. E a amante do piloto? De baton vermelho e cabelo apanhado, com uma saia comprida e justa, e casaco cintado tweed. Adorei, o que é que posso dizer, demorei mais tempo aqui que a olhar para qualquer Van Gogh.







terça-feira, 5 de agosto de 2014

Assalto ao jardim da mãe

No jardim da casa dos meus pais existe uma cameleira, que deve ser mais velha do que eu. Aquilo tem camélias e camélias, e de diferentes cores na mesma árvore. Umas são listadas, outras totalmente rosa. A maior parte dos botões apodrece antes de abrirem.
A verdade é que nunca lhe dei muita importância, mas há uns tempos atrás, não sei porquê, realmente fiquei ali a apreciar as camélias, e vai daí que de tesoura de jardineiro em punho fui lá e roubei umas.
A minha casa agradeceu, ficou bem mais bonita. A árvore também, já que ficou sem algum do peso das suas trezentas mil camélias. São lindas, o raio das camélias.

 

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

E tem filhos?


Finalmente. Finalmente de férias. Este ano continuaram as mudanças da minha vida. Logo em janeiro tive uma tremenda reviravolta e mudei de trabalho. Foi por opção e foi para uma situação que eu considero muito melhor, a todos os níveis. Mas como diz o economista, não há almoços grátis, e com esta progressão profissional toda também veio muito mais trabalho, mais responsabilidade, mais viagens, menos vida pessoal Muito, muito menos vida pessoal. E é razão para perguntar, vale a pena sacrificar assim a vida pessoal? Para muitos claro que não, seria impensável. Para mim sim, dado que a vida pessoal se encontrava já em standby. Escolher uma mulher para o meu cargo, em que sou a única cara de uma multinacional no meu país não deverá ser fácil. É claro que houve a pergunta dos filhos e da vida pessoal. E tem filhos?  Não, não tenho. Sou divorciada e sem filhos. Atalhei logo o assunto, já sabia o que se esperava e dei logo a entender que estamos todos na mesma sintonia. Porque na realidade, se eu quisesse um trabalho das 9h às 17h, a dormir todos os dias em casa e a poder usufruir dos meus direitos de maternidade, não tinha vindo com certeza para aqui. As coisas são mesmo assim, com o que temos entre mãos em cada altura vamos fazendo o nosso caminho, e tomando as nossas decisões. E então o standby vai manter-se, até ser revogado, até a vida acontecer outra vez. Por agora planeio aproveitar as minhas férias. E escrever.