Finalmente. Finalmente de férias. Este ano continuaram as mudanças da minha vida. Logo em janeiro tive uma tremenda reviravolta e mudei de trabalho. Foi por opção e foi para uma situação que eu considero muito melhor, a todos os níveis. Mas como diz o economista, não há almoços grátis, e com esta progressão profissional toda também veio muito mais trabalho, mais responsabilidade, mais viagens, menos vida pessoal Muito, muito menos vida pessoal. E é razão para perguntar, vale a pena sacrificar assim a vida pessoal? Para muitos claro que não, seria impensável. Para mim sim, dado que a vida pessoal se encontrava já em standby. Escolher uma mulher para o meu cargo, em que sou a única cara de uma multinacional no meu país não deverá ser fácil. É claro que houve a pergunta dos filhos e da vida pessoal.
E tem filhos? Não, não tenho. Sou divorciada e sem filhos. Atalhei logo o assunto, já sabia o que se esperava e dei logo a entender que estamos todos na mesma sintonia. Porque na realidade, se eu quisesse um trabalho das 9h às 17h, a dormir todos os dias em casa e a poder usufruir dos meus direitos de maternidade, não tinha vindo com certeza para aqui. As coisas são mesmo assim, com o que temos entre mãos em cada altura vamos fazendo o nosso caminho, e tomando as nossas decisões. E então o standby vai manter-se, até ser revogado, até a vida acontecer outra vez. Por agora planeio aproveitar as minhas férias. E escrever.